quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Vícios e Constelação Familiar


O Vício e o Pai


Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares, percebeu através de anos de experiência que expressivas vezes que se abria um campo para olhar para um vício, tratava-se da ausência do pai.

Ele nos diz: "Torna-se viciado aquele a quem falta algo. Para ele, o vício é um substituto. Como curamos um vício em nós? Reencontrando aquilo que nos falta. Quem ou o que falta no caso de um vício? Geralmente é o pai." *

Somos metade nossa mãe, metade nosso pai. Somos eles mais + nossa alma/ espírito/ centelha Divina/ fractal da Fonte... Como estar em PLENITUDE sem uma parte de si mesm@? Como podemos estar inteir@s, saudáveis, felizes se parte nossa nos foi excluída?

Se nosso pai se ausentou fisicamente, morreu quando éramos pequenos, se não fomos criad@s com ele, se tivemos pouco ou nenhum contato paterno, se ele nem sequer soube de nossa existência muito provavelmente sintamos falta de algo, internamente, inconscientemente... e é este algo faltante que faz com que busquemos fora, nos vícios. Algo que momentaneamente preenche, completa, mas logo se esvai e volta ao buraco, à falta.

Mas, talvez tenhamos tido nosso pai presente, dentro de casa, casado com nossa mãe... e ainda assim termos algum vício. Como isso se dá? Na Filosofia da Constelação Familiar entendemos que cada pessoa deve ter seu lugar de direito honrado, então, se sou uma filha, devo ter meu direito de pertencer como filha respeitado, se sou um pai, devo ter meu direito de filho e de pai respeitado. Quando estamos "ocupando um espaço que não é nosso", como, por exemplo, um homem que não conheceu seu pai e então precisou dedicar-se a cuidar da mãe, das irmãs e irmãos, este homem não está "ocupando o SEU lugar", está deslocado, assim também está ausente na família (mulher + filho). E posso ser eu filho deste pai deslocado, e senti-lo, inconscientemente, ausente em mim.


Outro exemplo de causa para essa exclusão do pai é quando ele é criticado pela mãe, ou pela família dela. Por exemplo um pai que traiu a mãe - A mãe, magoada deseja (ou diz) que o filho jamais seja igual ao pai, que jamais se pareça com ele pois o pai não presta, ele é isso e aquilo... Mas, como vocês devem se lembrar, somos metade mãe, metade pai, e como nosso sistema familiar precisa que todos tenham seu lugar honrado, este filho, muito provavelmente, vai SIM se parecer com o pai. Racionalmente ele acha mesmo errado o que o pai fez, quer defender a mãe do erro do pai, mas internamente, inconscientemente, se vincula ao pai. Mas para que isso? Para que a mãe OLHE e HONRE, o pai ATRAVÉS DO filho. (Mais pra frente escrevo um post sobre as Ordens do Amor onde vou falar mais profundamente sobre)

Então, se você fui adotad@ e nunca conheceu seu pai, se nasceeu numa família onde o masculino é desrespeitado, se precisou se virar sozinh@ porque seu pai não estava presente, ou se você se preenche com coisas externas buscando tapar um espaço vazio, INSPIRE, visualize seu pai (pra quem não o conheceu visualize um homem desconhecido) e diga mentalmente "Querido pai, tomo você em minha vida e em meu coração". Faça sempre que precisar, sempre que lembrar. Faça enquanto come, bebe, fuma, medita...

E se lá dentro de seu ser, você sabe que algo precisa ser aceito, se algo mexeu com você... fica meu convite:

Dia 21/Ago em Porto Alegre teremos o Workshop "Pais, Filhos & Filhas - Curando nossa relação com o Masculino".
Confere o evento no face AQUI

Super beijo, INSPIRE e até breve!
Vívian Pires

* Texto extraído do livro A Cura - Bert Hellinger - Editora Atman

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