quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Ordens do Amor III


Dando sequência às Ordens do Amor - Leis Sistêmicas que regulam inconscientemente as relações humanas - hoje vou falar do Equilíbrio da troca.
Você pode ler os posts anteriores AQUI e AQUI.

Para que nossas relações (amizades, parcerias, sociedades, relacionamentos amorosos) deem certo é necessário que haja equilíbrio na troca.

Qual é, na sua opinião, o maior presente que podemos receber de alguém? Imóvel? Carro? Jatinho? Filhx? Faculdade?

O maior presente que todxs nós já recebemos é a VIDA. Nenhum dos citados acima seria possível se antes você não tivesse recebido, de seus pais, a VIDA. Não há como devolvê-la, nem como recompensá-los ou pagá-los por ela. 

Quando estávamos imersos na Totalidade, do "outro lado do véu" escolhemos a família que iríamos nascer. Sempre brinco que escolhemos o DNA pelo potencial de encrenca/ potencial de evolução possível. Como nada é por acaso, escolhemos a dedo a família biológica perfeita para que, como almas, possamos experienciar determinadas situações que precisamos... e esta família aceita-nos receber como parte dela, pois através de nós, os antepassados podem experimentar melhoras.



Então, recebemos a VIDA (a oportunidade de estar aqui agora) de nossos pais biológicos e não temos que devolver nada? Exatamente. E é por esse motivo que vamos para as nossas relações com uma sensação de débito, vamos pré-dispostos a compensar. E é através dos parceirxs, amigxs, que a troca se dá. Um faz um pouco aqui, outro ali... E quando essa balança está descompassada nós sentimos. Sabemos quando estamos fazendo demais por alguém e sabemos muito bem quando também devemos algo.

Muitas relações, de todos tipos, acabam por esta balança estar desequilibrada. Se você já nasce com débito com seus pais, como é ficar devendo ainda a outra pessoa? Um sobrepeso, sim? E o que acontece? A pessoa que recebeu demais vai embora.

"Ah, mas isso é tão injusto!"

Como todxs sabemos, cada ser humano vivo nesta Terra tem um pai e uma mãe, seja conhecidx ou não, bom/boa ou mau/má, vivx ou mortx, todos viemos da união de um óvulo e um espermatozoide.


Quando temos uma relação desigual há uma projeção de mãe ou de pai.  E como somente filhxs se relacionam, buscar um homem que faça tudo por você é o mesmo que buscar o papai, aquele que tudo te deu (Vida) e nada cobrou em troca. Buscar uma mulher que faça tudo pra você é buscar a mamãe. 
Assim, muitas vezes umx parceirx busca que x outrx x ame incondicionalmente, e como vimos, toda relação exige compensação. Não há como apenas receber. Nã há como apenas dar. Ao buscar o amor incondicional dx parceirx provoca-se uma crise, fazendo com que aquele que "deveria" dar além da medida se retraia e se afaste, justamente pela injustiça cometida.

Bert Hellinger ilustra essa dinâmica, maravilhosamente, no livro "No centro sentimos leveza":
"Essa ordem do amor é perturbada quando um deseja e o outro concede; porque o desejar parece ser algo pequeno, e o conceder, algo grande. Então, um dos parceiros se mostra como carente e como alguém que recebe, e o outro, embora talvez ame, se mostra como alguém que ajuda e que dá. É como se aquele que recebe se tornasse uma criança, e aquele que dá se tornasse um pai ou uma mãe. Então, o que recebe precisa agradecer, como se tivesse recebido sem dar, e o que dá se sente superior e livre, como se tivesse dado sem receber. Isso, porém, impede a compensação e coloca em risco a troca. Para o bom êxito de uma e de outra, é preciso que ambos desejem e ambos concedam, com respeito e amor, o que o outro necessita e deseja."

Nesse caso ambos, estão precisando trabalhar sua relação (seu lugar de filho) com os pais.



Numa relação saudável, x parceirx que recebeu algo bom retribui com algo bom também, mas por amá-lx e desejar que a troca continue, este dá algo melhor do que recebeu. E então, o outro fica sob pressão (da dívida inconsciente) e como também ama x parceirx dá algo ainda melhor. Assim a compensação é garantida e a troca continua a existir. Quando não se alcança uma compensação a troca cessa, seja por desinteresse seja por sobrecarga.
Para uma relação bem sucedida é necessário que a compensação no mal também seja feita. Assim, como no bem, quando umx parceirx faz algo que magoe o outro, também deve devolver-lhe. Se fizer algo no mesmo grau, ficam quites. Mas como x parceirx ama o outro, faz algo menor do que recebeu, ou exige algo difícil para que o Amor continue e a troca no bem possa ser retomada.
Mas quando a vítima não consegue/ não quer vingar-se, a compensação e a relação fica comprometida, pois o culpado não consegue mais equiparar-se ao parceirx ofendidx.

Claro que tanto para o bem, quanto para o mal os casais podem seguir trocando. A escolha é de cada casal. Bert Hellinger diz que percebe-se a qualidade de cada relação pelo tipo de troca que possuem. Sendo assim, possível, recuperar relações pelo caminho da troca no bem.



Há também, aqueles que não querem sentirem-se obrigados a retribuir, por isso fecham-se a receber, fecham-se à troca e consequentemente, à Vida.

Assim como, também pode haver desequilíbrio na relação com o trabalho/empresa. O funcionário que tudo pede à empresa, que cada vez quer mais e mais, como uma criança, clama na verdade, pelos pais . Assim como aquele que trabalha demais e recebe pouco, também está em desequilíbrio de troca, provavelmente com os pais, ao receber a Vida .

Para estarmos amplamente habilitados a trocar como adultos precisamos receber nossos pais como são e a Vida que veio deles, exatamente como chegou até nós.

Bert Hellinger, mais uma vez:
"... as pessoas que conseguem tomar seus pais como são, e tudo o mais que eles lhes dão experimentam essa atitude como um afluxo de energia e felicidade. Ela também os capacita a manter outras relações, onde dão e recebem abundantemente."

E então, como estão as trocas nas suas relações?
Você tem se relacionado com umx parceirx ou um pai/mãe?
Tem dado demais?

Vamos olhar melhor essa dinâmica de troca nos relacionamentos amorosos? 
Sábado dia 01/Out às 14h em Porto Alegre, te espero pro Workshop Relacionamentos Afetivos - desvendando os vínculos ocultos. Evento no facebook AQUI


Vem Conhecer! Vem Participar! Vem Constelar!
Grupos regulares em Porto Alegre e Novo Hamburgo
Confere toda agenda aqui


Deixe seu comentário. Curta. Compartilhe. 
Seja um multiplicador, fazendo essa informação chegar a mais pessoas!
Quer que eu escreva sobre algum tema? Deixe seu comentário!

Um super Beijo com gratidão, 
Vívian Pires

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Carência, Ciúmes, Cobranças e Traição: as doenças do "amor"


Então, de repente, num dia qualquer você encontra alguém que mexe com você, mexe daquele jeito que você não sabe muito bem porque, mas sente como se um ímã unisse vocês. Com essa pessoa você se sente tão em casa, até parece que se conhecem a muitas vidas! Tudo é tão familiar...

Parabéns! Seu Sistema acabou de se apaixonar!

Relacionamento amoroso é o maior (e melhor) laboratório de cura que há para um Sistema Familiar. Na Astrologia a casa 1, da personalidade, é oposta a casa 7, dos outros, dos relacionamentos, das parcerias e sociedades... Oposta, em frente: ES-PE-LHO! Quando você tem uma amizade, sociedade, parceria recebe muitas dicas do que o seu Sistema (você) precisa evoluir. Numa relação amorosa então, esse potencial espelho  é potencializado!


Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares, nos diz que duas pessoas juntas são mais fortes que seus Sistemas de origem, isso quer dizer que quando um casal une-se os seus Sistemas de origem tem uma grande oportunidade de curarem muitas das suas feridas. De dar um passo a mais do que as gerações anteriores deram.
E vamos combinar que se relacionar é uma arte, não?

Ausência, carência, cobranças e ciúmes
Através do enorme número de pesquisas que temos hoje em dia à disposição, sabemos que todas as fases de vida de uma criança são formadoras de personalidade, desde a concepção até os 7 anos de idade temos uma avalanche de situações e emoções acontecendo que formam o emocional deste serzinho recém chegado ao planeta Azul.
Mas você sabia que desde antes da concepção essa criança já está sendo “moldada”? Busque se informar com seus pais sobre o que houve com eles 9 meses antes da sua concepção e você vai se surpreender! Uma nova criança vem para “auxiliar” os pais carregando algo por eles, ou tendo um dom/talento para “salvar” a família. Isso acontece, como já vimos anteriormente, pois as crianças se doam pelo Sistema.

E assim, existem N situações que causam a sensação de abandono numa criança, sensação essa que ela vai reproduzir durante  toda vida. Seja por um abandono real por parte do pai, ou da mãe, seja pela dificuldade dos pais de aceitar a gravidez, seja pela sensação da mãe de estar  desamparada pelo parceiro, entre muitas outras...

Assim, essa criança “programada” pela sensação de falta, de carência vai atrair, quando adulta,  relacionamentos que a fazem reviver a mesma sensação, vez após vez. E não adianta mudar de parceir@, pois a origem ainda não foi olhada, o que faltava continua faltando. Essa pessoa se relacionará com aquel@ parceir@ que inicialmente a encantou e a fez sentir em casa (e sim, ela está em casa, pois @ parceir@ é exatamente igual a mamãe ou ao papai) e aos poucos começarão as cobranças, ciúmes, controle e até traição. Tudo em nome de manter a fidelidade com seu sistema! Tudo em nome de manter-se no mesmo ponto de onde se veio!


Obviamente não estou dizendo que quem sofre com carência e abandono tenha “culpa”. Acontece que pela lealdade a nosso Sistema nos bloqueamos (inconscientemente) de ter relações diferentes dos antepassados. Se mamãe não teve apoio de papai, mesmo que moralmente eu ache errado, me alio inconscientemente a eles e reproduzo, buscando alguém que também não me apoie ou eu não apoiando minha/meu companheir@.

Como já falamos no post Vícios e Constelação Familiar, dizer que alguém foi ausente não significa que a pessoa não estivesse ali de corpo presente, significa dizer que estava emaranhada em situações do seu Sistema de origem, como a morte de alguém, a falta real do pai para essa pessoa, a falta real da mãe, guerras, traumas familiares... então a pessoa desloca-se e ocupa esse lugar faltante, deixando o seu lugar desocupado, ausente. Então uma pessoa que tenha registros de abandono em seu Sistema (muito, muito provavelmente) atraia pessoas ausentes que mesmo que estejam de corpo presente, são ausentes de ALMA.

Desses emaranhamentos todos resultam todas as doenças do “amor”:
ciúmes, desconfiança, cobrança, traição... 

Ciúmes
Pela observação prática que tenho tido com a dinâmica das Constelações, essa duplinha é muito comum: a mulher carrega registros de abandono e atrai um homem ausente. Toda vez que ela sente-se abandonada, não vista, não valorizada por este homem, reforça a ideia da família que  os homens são ausentes, abandonam, são maus... Toda vez que esta mulher cobra a presença do homem, este homem sente-se traindo o Sistema de origem, traindo o lugar que ocupa, sendo obrigado a largar o osso. Sim? Vamos a um exemplo:

Um homem está ocupando o lugar do seu pai (pois seu pai também está emaranhado com as situações do seu Sistema – não conheceu o pai - e assim, está indisponível para essa relação de marido e mulher, de pai...). Esse homem que “já é casado com seus Sistema” procura então, normalmente, mulheres apenas para sexo. E mesmo ao se vincular com alguma mulher continua não estando disponível para a relação, pois a origem (falta do avô) não foi sanada. Assim a mulher sente-se sozinha nessa relação, sente-se abandonada e... sente ciúmes, pois “por dentro ela sabe” que existe uma outra mulher ocupando o lugar de esposa, que “deveria” ser dela. Por dentro ela tem certeza que está sendo traída, e está, pois o vínculo de homem mulher (laterais) não existe.



E foi assim que os Sistemas se apaixonaram!! A porca e o parafuso, a tampa e a panela! Perfeitos para continuar a reproduzir o padrão familiar! Ou... perfeitos para juntos (espelhando-se) curarem, equilibrarem e honrarem seus Sistemas de origem a partir de um outro lugar: o AMOR real!!

Traição
A grande maioria das traições que acontecem entre casais monogâmicos nasce exatamente de parceiros que estão ausentes, indisponíveis para a relação e assim, outro busca uma outra pessoa. Nota-se que ambos, inclusive @ amante, estão indisponíveis, pois se não, não teriam se atraído. Novamente, não digo que quem é traído tem “culpa” pela traição, apenas que ambos estão fora de seus lugares, por isso a traição acontece.
Essas dinâmicas todas explicam, também, porque algumas pessoas não tem relacionamentos amorosos, porque nunca “dão certo” com alguém.


Mas e agora?
Existem, e eu sempre gosto de falar, muitas terapias para tratarmos estas questões. Eu indico além das Constelações, florais do Joel Aleixo – para traumas ainda no útero, Thetahealing, BodyTalk, Crânio-Sacral, microfisioterapia... entre outras que agora não vem à memória.

Através da Constelação Familiar reorganiza-se essa dinâmica da família onde alguns estão emaranhados e indisponíveis. Incluímos aquel@ que faltou e liberamos os que vem depois. Pra quem já é mãe/pai é muito importante, também, que seja feito para liberação d@s suas/seus filh@s.


Hoje é o último dia para se inscrever com desconto no Workshop Relacionamentos Afetivos - Desvendando os vínculos ocultos que acontece dia 01/Outubro em Porto Alegre! Prepara o coração e vem nessa aventura! 


Evento no Facebook

Tenha uma relação mais saudável! Relacione-se com o melhor que você pode ser! Receba tudo que o Universo tem pra te dar! Ame e seja Amad@! 

Inspire, visualize-se nos braços de seus pais e traga pra dentro de si a segurança que você busca na sua relação amorosa. Perceba que tudo que precisa está em você. Diga, mentalmente, pro seu papai e pra sua mamãe “Sim, exatamente como foi. Deixo com vocês o que é de vocês”.


Vem Conhecer! Vem Participar! Vem Constelar!
Grupos regulares em Porto Alegre e Novo Hamburgo
Confere toda agenda aqui


Deixe seu comentário. Curta. Compartilhe. 
Seja um multiplicador, fazendo essa informação chegar a mais pessoas!
Quer que eu escreva sobre algum tema? Deixe seu comentário!

Um super Beijo com gratidão, 
Vívian Pires

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Bibliografia indicada Constelações Familiares

Olá!!
Constelação é algo lindo! Chega a ser quase inexplicável o nível de Cura que atingimos numa vivência! Somos realmente muito abençoados por vivermos nessa época de grandes mudanças planetárias, de termos a nossa disposição ferramentas tão maravilhosas de cura, sendo a Constelação uma delas! Toda minha gratidão aos precursores, aos inspiradores e aos que desenvolveram seus trabalhos posteriores à criação de Bert Hellinger.

Por se tratar de uma filosofia, eu sempre aconselho a todos que entram em contato com as Constelações através de mim, que leiam, se informem, busquem conteúdo seja em vídeos, livros, palestras, blogs... A Consciência das Leis Ocultas que regem nossas relações ajuda muito para que tenhamos autonomia sobre nossas vidas!!

Então, atendendo a pedidos, disponibilizo aqui a lista mais completa que pude. Ao longo do tempo vou adicionando os demais livros, canais do Youtube,  blogs que, na minha opinião, são boas fontes de referência.

Boa leitura!




Bibliografia Constelações Familiares Sistêmicas 
(inclui Direito Sistêmico, Pedagogia Sistêmica e Constelações Organizacionais)

Bert Hellinger

A Cura
A Fonte não precisa perguntar pelo caminho
Amor à segunda vista
A Paz começa na alma
A Simetria Oculta do Amor
Conflito e Paz: Uma resposta
Constelações Familiares (com Gabriele T. Hovel)
Desatando os laços do destino
Êxito na Vida, Êxito na Profissão
Histórias de amor
Histórias de Sucesso na Empresa e no Trabalho
Liberados somos concluídos
No Centro sentimos Leveza
O Amor do Espírito
O Essencial é simples
O Outro jeito de falar
Ordens da Ajuda
Ordens do Amor
Para que o amor dê certo
Pensamento a caminho
Pensamentos sobre Deus
Religião, Psicoterapia e Aconselhamento Espiritual
Um lugar para os excluídos
Viagens Interiores


Demais autores

A Alma do negócio - Jan Jacob Stam
Ah! Que bom que eu sei - Brigite Gross e Jakob Schneider
Além do Aparente - Olinda Guedes
A prática das constelações Familiares - Jakob Schneider
As Constelações Familiares em sua Vida diária - Joy Manné
Constelações Familiares e o Caminho da Cura - Stephan Hausner
Constelações Organizacionais – Klaus Grochowiak e Joachim Castellas
O Amor que nos faz bem - Joan Garriga Bacardi
Onde estão as moedas? - Joan Garriga Bacardi
O que traz quem levamos para a escola? - Olinda Guedes
Para que o amor dê certo - Neuhauser Johannes
Quando fecho os olhos vejo você - Ursula Franke
Simbiose e Autonomia nos Relacionamentos - Franz Ruppert
Viver na Alma - Joan Garriga Bacardi
Você é um de nós - Marianne Franke Gricksch

Campos Morfogênicos/ Morfogenéticos

A Sensação de estar sendo Observado - Ruppert Sheldrake
O renascimento da natureza - Ruppert Sheldrake



Blog e Youtube

Direito Sistêmico - Sami Storch - AQUI

Youtube - Simone Arrojo - AQUI

** Caso você se interesse por comprar qualquer um destes, sugiro que pesquise no Sebo Estante Virtual
 e no buscador de preços  Buscapé. **





"Somente quando estamos em sintonia com nosso destino, com os nossos pais, com a nossa origem e tomamos nosso lugar, temos a força." Bert Hellinger


Fica o convite pra você conhecer e participar das Constelações comigo em Novo Hamburgo e Porto Alegre! Confere todas datas aqui.

E dia 01/Out teremos o Workshop Relacionamentos Afetivos - Desvendando os vínculos ocultos. Prepara o coração e vem nessa aventura! <3 Evento no Facebook


Vem Conhecer! Vem Participar! Vem Constelar!
Grupos regulares em Porto Alegre e Novo Hamburgo


Deixe seu comentário. Curta. Compartilhe. 
Seja um multiplicador, pra que essa informação chegue a mais pessoas!

Um super Beijo com gratidão, 
Vívian Pires

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Ordens do Amor II


Olá!! Lembra que no último post estávamos falando sobre as Ordens do Amor, em especial sobre o Pertencimento? (Você pode reler AQUI ). Hoje falaremos dos relacionamentos amorosos anteriores!

A Lei do Pertencimento diz que todos que fizeram parte de um sistema devem ter seu lugar honrado, sim? Inclusive mortos, abortos, assassinos, loucos.... E também aqueles que deixaram o sistema, que abriram lugar para que nós entrássemos.
"Isso quer dizer que faz parte do meu sistema os antigos relacionamentos da minha mãe? do meu pai? dos meus avós?" - SIM! Todo aquele que cedeu lugar também deve ser contado, deve ser honrando.


Exemplo clássico: Um homem tem uma noiva (ou namorada)... um dia conhece uma outra mulher e abandona (ou trai) a noiva para ficar com a nova mulher. Ok, história comum e normal, sim? Sim.. e com consequências também comuns... Desta nova união nasce uma filha, (lembre-se que as crianças se doam ao sistema, tudo que precisa ser visto, incluído a criança mostra através de suas atitudes, sintomas). Esta criança tem uma afinidade especial com o pai, tanto que a mãe sente ciúmes do vínculo do pai com a criança. OU a criança tem uma tremenda birra e implicância com o pai, cobrando-o e afastando-o...
Ao montar esta constelação se perceberá o vínculo secreto desta criança com a primeira companheira do pai, ela o acusa, ou acusa a mãe em nome da primeira companheira. 

O que fazer?
É necessário primeiramente que os pais digam pra criança enquanto ela dorme "Querida filha, tu está livre. Esse assunto (e não precisa dizer o assunto) é dos grandes, nós cuidamos disso.". 
Em segundo lugar o casal precisa entender que este é o segundo relacionamento deste homem. A ex companheira veio primeiro, é digna de ser olhada com respeito pelo homem e pela mulher. A mulher precisa saber que é a segunda mulher, precisa internamente agradecer a primeira, que cedeu o lugar para ela, e que "fez" com que o homem fosse hoje o que ele é. Se a mulher teve agora um companheiro e um@ filh@ com este, é devido ao que ele "se tornou" depois da primeira.
Outra parte importante é abrir mão da culpa, em caso de traição ou de sofrimento da primeira companheira. Olhamos para o passado com aceitação. Naquele momento foi o melhor que puderam fazer. Honra-se a dor dela, mas não deve-se sentir culpa, pois culpa traz emaranhamento e os filhos, mais tarde, cometerão atos para também sentirem-se culpados.
O homem precisa honrar e agradecer internamente esta primeira companheira. E dizer pra filha que esta é a mãe certa pra ela. (dormindo também)

Essa dinâmica acontece mesmo que a filha não saiba conscientemente, nem a mulher, que o pai teve outra namorada. Obviamente também vale para a mãe, se ela teve outro relacionamento.

Antigos relacionamentos podem estar pedindo pra serem vistos também nos relacionamentos atuais. Sabe quando seu namorado tem um comportamento iguaaaal àquele seu ex que você não quer ver nem pintado na frente?
Falta sua gratidão pelo ex pra liberar o parceiro atual! Falta a consciência do namorado atual que ele não é o primeiro, mas que um(ns) outro(s) fizeram de você, o que você  é hoje! 
Se foi o ex que te magoou, falta aceitação do que foi, como foi.

Não mudamos o passado, mudamos o modo de olhar pra ele. Sempre entendendo que as pessoas sempre fazem o melhor que podem com o que sabem.


Nas famílias onde que os pais se separam e iniciam novas relações, @s filh@s muitas vezes representam o familiar excluído. Ex: Uma mulher que teve um filho com o primeiro marido e após se separar formou uma nova família. Se este pai (do filho) não for honrado e respeitado em seu lugar de primeiro marido e pai deste filho, o filho o representará, ou seja, terá os mesmos comportamentos... manias... e a mãe continuará "sendo obrigada" a olhar para o pai do filho, pois ele secretamente estará vinculado ao pai, para que ele tenha seu direito de pertencimento garantido. Por isso, um novo marido da mãe não é pai deste enteado, pois pai ele já tem. Assim como as despesas do filho não devem ser custeadas por este novo parceiro, mas sim pelo pai e pela mãe deste.

Então, entende quanta responsabilidade temos? 
Tudo o que fizemos e fizermos reverberará para nossos filh@s, net@s... 
Entende como é importante que todos sejam incluídos?

Minha sugestão pra hoje é lápis e papel pra fazer uma listinha (ou talvez listona) de todos seus relacionamentos anteriores. Coloque-os em ordem de data. Perceba as memórias que vem à mente. Veja se há semelhança entre el@s. Se há, perceba o que precisa "ser visto"... alguém mais na sua família teve companheir@s assim? Quem você precisa incluir? 

Compartilhe aqui nos comentários como foi a experiência!!


Dia 01/Out, teremos o Workshop Relacionamentos Afetivos - Desvendando os vínculos ocultos.
Prepara o coração pra essa aventura e vem! <3
Informações e inscrições: Facebook


Vem Conhecer! Vem Participar! Vem Constelar!
Grupos regulares em Porto Alegre e Novo Hamburgo


Deixe seu comentário. Curta. Compartilhe. 
Seja um multiplicador, pra que essa informação chegue a mais pessoas!

Um super Beijo com gratidão, 
Vívian Pires

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Ordens do Amor I


Quem tem acompanhado Constelações Familiares deve estar acostumado a ouvir falar sobre as Leis Sistêmicas, sim? Então, você que não tem acompanhado assim tão de perto, te convido a conhecer. Hoje, Agora!

Bert Hellinger criador das Constelações morou em uma tribo na África, a tribo Zulu, e lá percebeu que a forma de se relacionar deles era diferente da nossa, os Ocidentais... juntando todas experiências, vivências e pesquisa - ele é teólogo, pedagogo e filósofo - ele criou as “Ordens do Amor” (livro lançado no Brasil pela Editora Cultrix).
São três, falaremos delas ao longo de três (ou mais) postagens diferentes.

O pertencimento
Sabe aquela necessidade inata que todos temos de ser aceitos em um grupo? Aquele tipo de  roupa que vestimos pra ser mais parecidos com nossos amigos hippies/ modernos/ descolados/ estudiosos/ esportistas? Sabe aqueles papos que temos com determinados grupos? O último clipe da cantora “tal”/ o último jogo de futebol / as fofocas atuais dos famosos / o próximo encontro de meditação do mestre tal? Então, todos, sem exceção precisamos pertencer, somos animais gregários, precisamos de um bando, um grupo, um coletivo.
Quer ver coisa mais angustiante do que a ansiedade “Será que serei aceito?” num primeiro dia de escola, de um emprego novo, viagem, apresentação a um público... Tudo devido a necessidade de pertencimento!!


Rupert Sheldrake - biólogo, bioquímico e parapsicólogo - estudou profundamente esse comportamento nos animais. Sua mais conhecida teoria é a do “Centésimo macaco”, onde cientistas jogavam batatas aos macacos numa ilha para observá-los e ao longo do tempo uma macaca de 18 meses começou a lavar suas batatas antes de comer. Foi então que mostrou aos seus amigos e sua mãe, que mostraram aos outros e foi indo, indo até que todos da ilha agora lavavam suas batatas,  mas não parou por aí. Os macacos de outras ilhas, que não tinham nenhum canal de comunicação com esta ilha (cercados por água de todos lados) começaram também a lavar suas batatas. Com este estudo e consequente teoria, a dos Campos Mórficos, vemos que quando alguns poucos começam fazer algo diferente, aos poucos outros repetem até que chegue num número X que todos, sem restrição passarão a fazer. A esse “número x” chama-se Massa Crítica.
(Leia mais sobre aqui e aqui)

(campo mórfico dos peixes - em formação para se protegerem dos tubarões)

O que isso tem a ver com Constelação, Bert e tudo mais? Tem a ver que biologicamente estamos interconectados e que há a tendência de repetirmos tudo aquilo que deu certo = fez com que a espécie sobrevivesse.
Então, voltando ao pertencimento, somos um clã com nossa família biológica. Somos o resultado de gerações e gerações que aprenderam como sobreviver. E é por estarmos inseridos em um Sistema Familiar (campo mórfico) que estamos sujeitos às repetições do que “deu certo” com as gerações anteriores. A grande questão do Pertencimento é que somos todas as vitórias e todas dificuldades, carregamos as injustiças cometidas e as sofridas, os crimes, as bençãos... tudo que as gerações passadas passaram, nós carregamos em nosso campo.
A Lei Sistêmica do Pertencimento, descoberta por Hellinger, diz que ninguém pode ser excluído desse sistema, nem os perpetradores, mortos, natimortos, ex companheiros, abortos, assassinos, suicidas, loucos, filhos ilegítimos, nem os que julgamos moralmente.
O Sistema não possui julgamento moral a cerca do comportamento dos membros, ele apenas quer que todos pertençam e continuem sobrevivendo, ele busca sempre o equilíbrio. Então, quando temos, como exemplos, um avô alcoolatra, um aborto ocultado que ninguém fala sobre, algum membro que fugiu e ninguém mais soube dele ou uma pessoa que foi deixada num hospício... há uma exclusão, há um descumprimento ao Pertencimento. O que acontece nesses casos? Alguém do mesmo sistema “toma” o lugar dessa pessoa e passa a assumir seu destino, e muito provavelmente, também se torne um alcoolatra, se afaste, morra (ou sinta como se não merecesse viver) ou enlouqueça. Lembra? O Sistema não tem julgamento moral, ele simplesmente quer que todos os lugares sejam preenchidos, então toma alguém que vem depois (geração posterior) a serviço do Sistema.

E por que uma pessoa se doa para este lugar? Devido também ao pertencimento. Antes de nascer escolhemos o Sistema que iremos pertencer. Sempre brinco que escolhemos o DNA de uma família pelo “potencial de encrenca” (Evolução) que poderemos ter. A criança quando nasce está totalmente a serviço do Sistema, afinal ela precisa pertencer a alguma família, então ela adoece, se machuca e até morre por amor ao Sistema. Esse é o amor que adoece, o amor inocente, onde a criança inconscientemente “imagina” que pode pegar a dor de alguém para que esse alguém não sofra (mãe, pai, avós... mesmo desconhecidos) então ela toma o lugar daqueles que foram excluídos, para equilíbrio do Sistema. O que de fato não ajuda, pois ao invés de um sofrer, agora são dois, três, quatro... Isso vale para doenças, padrões de relacionamento, destinos comuns, como por exemplo, separações, mortes, abortos, profissões, crimes, pobreza, abusos.


Mas então qual o Amor que cura? Aquele que vê o passado e o honra! Aquele que reconhece todos antepassados como pertencentes, reconhece que todos fizeram o melhor que podiam com o que sabiam na época. Com certeza se nós parássemos pra pensar o que faríamos no lugar de nossa bisavó que deu seus filhos para adoção, com os mesmos recursos, na mesma época, chegaríamos a conclusão que faríamos o mesmo! Então, apenas olhamos pro passado e dizemos “Sim, exatamente como foi.”. Através das escolhas deles, hoje estamos vivos, e por isso, devemos agradecer e honrá-los.
As questões que deixo pra você hoje são: Como você olha para o passado - com gratidão e aceitação ou julgamento? Você está a serviço de quem no seu campo? Quem foi excluído de sua família? Quem ainda não teve seu lugar honrado?


Na próxima semana continuamos falando de Pertencimento, desta vez sobre ex relacionamentos.

Vem Conhecer! Vem Participar! Vem Constelar!
Grupos regulares em Porto Alegre e Novo Hamburgo

Deixe seu comentário. Curta. Compartilhe. 
Seja um multiplicador, pra que essa informação chegue a mais pessoas!

Um super Beijo com gratidão, 
Vívian Pires