quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Hierarquia e Aceitação - Ordens do Amor IV

Olá! Depois de três semana afastada do blog por motivos de doença e morte na família, retomo hoje com um assunto que a muito queria escrever: Aceitação. 
Primeiramente, sinto muito pela ausência, vamos lá?

Além das outras duas Ordens do Amor que anteriormente falei, (e você pode ler aqui) a Hierarquia é a mais óbvia e, por isso, mais facilmente esquecida.  

Dentre as observações de Hellinger, ao longo de anos de estudo e vivência, ele percebeu que onde a hierarquia era respeitada havia mais harmonia e sucesso entre os integrantes do clãs. E onde havia desrespeito, muitas complicações entre as gerações.
E como seria esse desrespeito? Será que fazemos assim, tão inconscientemente?? desordem hierárquica quando desconsideramos noss@ chefe, quando queremos opinar na vida do irmão mais velho, da tia, do pai, da mãe, quando chegamos num emprego/instituição e queremos mudar tudo, quando achamos que sabemos mais que @ professor@ do noss@ filh@, quando desvalorizamos os que contribuíram antes para hoje uma determinada instituição estar como está...


A Lei da Hierarquia diz que "quem veio antes tem precedência", quem veio antes sabe de si. E juntamente com essa lei é necessário uma compreensão da Aceitação. Vamos, então, relembrar que cada pessoa nasce na época certa, na família certa, com o sistema financeiro e social certos, com @s irmã@s certos, na cidade certa e com o sistema de crenças familiar e coletivo certos para o seu pleno desenvolvimento enquanto Alma. A partir de todos esses contextos percebe-se que a pessoa é o que pode ser. Se alguém foi assim, assado, fez aquilo ou aquilo outro é porque estava no limite de suas capacidades, ou seja, fez o melhor que podia com o que tinha. 

Pegue a história dos seus avós como exemplo. Como era a família deles? Tiveram condições de estudar? Puderam vincular-se afetivamente como casal? E com @s filh@s? Tinham condições de ter um imóvel próprio? Puderam realizar-se como profissional e como pessoa? Como eles morreram? De que? Em quais condições emocional e financeira? 
Agora faça-se as mesmas perguntas a respeito de seus pais. Veja a quantidade de filhos, a aproximação com eles, a realização, o trabalho, a casa, a expressão dos sentimentos...  Perceba, mesmo que pequena, a diferença. Agora faça as mesmas perguntas a você mesm@.  
Sim, há muitas semelhanças! Há destinos praticamente idênticos, mas há também muita superação. Cada geração dá um passo a mais que a anterior. Percebe? 


Entende-se, assim, que cada pessoa faz o que pode dentro do contexto social, emocional, político, cultural... Sabe-se lá se você em 1812 não teria feito os mesmos abortos, adoções, assassinatos... Se não teria ocultado os abusos, loucuras, filh@s "bastard@s"!? Provavelmente. 

Aqui quero fazer um parênteses sobre destino, (já falei um pouco disso aqui). Quando eu digo aceitação do que o outro pôde ser, não entenda como "você deve entregar os tacos e aceitar as coisas como são e suas condições (mentais, emocionais, sociais, financeiras) como são, pois são o seu destino". NÃO! Jung já tinha dito que quando você desconhece seu inconsciente, você o chamará de destino.
Penso o destino como portas de um corredor que você escolhe. Não há porta certa ou errada, todas elas te levam a outras portas e mais outras infinitas possibilidades... Assim, suas escolhas vão definindo seu destino. E você pode, em alguns momentos, voltar atrás e tentar uma porta anterior que havia desconsiderado na época. 
Muitas vezes fazemos escolhas achando que estamos plenamente conscientes e quando vemos, aquela decisão foi tomada por uma lealdade ao seu Sistema de origem, como por exemplo, filh@s de imigrantes fazendo o percurso de volta ao país de origem dos ancestrais. Portanto, novamente, autoconhecimento sempre. Somente conhecendo-se, conhecendo seus gostos, desgostos, medos, sonhos, raivas e depois reconhecendo a partícula Divina que há em ti e te habilita a criar uma nova realidade de vida, de mundo pra você mesm@... há uma libertação dos destinos/decisões alheias que vínhamos repetido... E olha que é coisa inconsciente pra "descobrirmos"!!


Voltando. Portanto, manter a hierarquia é saber que seu pai, sua mãe são/foram como podem/puderam ser, que fizeram o que podiam naquele momento, mesmo que esse momento seja o agora! Eles vieram antes, eles viveram pelo menos 10/12 anos a mais que você. Mesmo que você seja pós-doutorad@ em qualquer coisa, eles vieram antes e sabem de suas vidas com mais propriedade que você. 
(Me lembrei agora de uma frase mais ou menos assim "Cada um sabe a dor e a delícia de ser quem se é.".)
Ah, mas então quer dizer que não podemos ajudar os pais/avós quando ficam doentes ou velhos? Não, quer quiser que não podemos impor nosso jeito de pensar, de viver, de gastar dinheiro, de ver a vida... Podemos auxiliá-los perguntando "como posso te ajudar?", "o que você está precisando?". 

No ambiente empresarial, ou em qualquer outra instituição que você entre e que já existia antes de você é importante que se coloque como "@ últim@", honrando a história da instituição, @s antig@s don@s, sóci@s, chefes, diretor@s. Agradeça a eles por terem deixado a instituição da forma que você recebeu, mesmo que seja quebrada, destruída, bagunçada. E assim, você pode, fazer algo diferente, somente quando honramos o que foi, como foi, estamos habilitados pra fazer diferente. Quando você se volta pros que vieram antes e os critica, acusa, exclui a Vida se encarrega de trazer a mesma situação pela qual a pessoa criticada passou para que você viva na pele o que aconteceu com ela e possa ressignificar o julgador que há em você.


 
Numa empresa/ instituição, mesmo que sua posição seja de diretor@, é muito importante que tod@s que vieram antes de você (no caso de chegar novo num lugar, tod@s) sejam honrados, que você seja agradecido. 

Na relação professor@ - alun@, há um olhar fundamental que @ professor@ deve ter: Aceitação! Hierarquia! Perceber que aquela criança vem de um Sistema perfeito pra ela. Ela enquanto Alma tem muita força, ela escolheu essa família, esse momento histórico, político... Ela tem os pais certos e @ professor@ jamais deve tentar ser os pais dessa criança ou criticá-los, pois como já vimos, criticar os pais de alguém é dizer que  aquela pessoa não presta, pois somos 50% mãe e 50% pai. Cabe @s professor@s olhar para a criança enxergando os pais atrás, e seu olhar deve ser de honra, os pais certos, o destino certo. Assim se empodera uma criança e ela é sua aliada, não mais defende os pais de você, professor@.

  
Pra mim, hierarquia tem tudo a ver com Aceitação. Aceitação e Respeito. É o que precisamos. É o que basta.

Tal pessoa fez tal coisa no passado? Foi o que ela pode, cabe a você aceitar que foi como foi, agradecer e seguir o caminho pra frente. Olhar pro passado, para os que vieram antes nos aprisiona, nos tira do nosso lugar. Olhe pra frente! Siga a vida no curso natural que ela faz: pra frente, pro mais, pra VIDA.

Esse ano de 2016 está acabando e te convido a deixar pra trás muitas experiências negativas, muitas críticas, muitos sentimentos que não te fizeram bem. Deixa pra trás as pessoas que são como são e que te machucam por isso, deixa pra trás o que tu não tem condições, nem competência de mudar. Aproveita faz uma limpeza nas gavetas e estantes... doa livros, roupas, brinquedos. Sempre há quem precise e sempre que doamos, recebemos de volta. Lembra?



Obrigada por você ser quem você é!! Até o próximo post!


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Namastê! (O Deus que há em mim, saúda o Deus que há em você!)
Vívian Pires 

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