Quem tem acompanhado Constelações Familiares deve estar
acostumado a ouvir falar sobre as Leis Sistêmicas, sim? Então, você que não tem
acompanhado assim tão de perto, te convido a conhecer. Hoje, Agora!
São três, falaremos delas ao longo de três (ou mais)
postagens diferentes.
O pertencimento
Sabe aquela necessidade inata que todos temos de ser aceitos
em um grupo? Aquele tipo de roupa que
vestimos pra ser mais parecidos com nossos amigos hippies/ modernos/
descolados/ estudiosos/ esportistas? Sabe aqueles papos que temos com
determinados grupos? O último clipe da cantora “tal”/ o último jogo de futebol
/ as fofocas atuais dos famosos / o próximo encontro de meditação do mestre
tal? Então, todos, sem exceção precisamos pertencer,
somos animais gregários, precisamos de um bando, um grupo, um coletivo.
Quer ver coisa mais angustiante do que a ansiedade “Será que
serei aceito?” num primeiro dia de escola, de um emprego novo, viagem, apresentação
a um público... Tudo devido a necessidade de pertencimento!!
Rupert Sheldrake - biólogo, bioquímico e parapsicólogo -
estudou profundamente esse comportamento nos animais. Sua mais conhecida teoria
é a do “Centésimo macaco”, onde cientistas jogavam batatas aos macacos numa
ilha para observá-los e ao longo do tempo uma macaca de 18 meses começou a
lavar suas batatas antes de comer. Foi então que mostrou aos seus amigos e sua
mãe, que mostraram aos outros e foi indo, indo até que todos da ilha agora
lavavam suas batatas, mas não parou por
aí. Os macacos de outras ilhas, que não tinham nenhum canal de comunicação com
esta ilha (cercados por água de todos lados) começaram também a lavar suas
batatas. Com este estudo e consequente teoria, a dos Campos Mórficos, vemos que
quando alguns poucos começam fazer algo diferente, aos poucos outros repetem
até que chegue num número X que todos, sem restrição passarão a fazer. A esse “número
x” chama-se Massa Crítica.
(campo mórfico dos peixes - em formação para se protegerem dos tubarões)
O que isso tem a ver com Constelação, Bert e tudo mais? Tem
a ver que biologicamente estamos interconectados e que há a tendência de
repetirmos tudo aquilo que deu certo = fez com que a espécie sobrevivesse.
Então, voltando ao pertencimento, somos um clã com nossa família
biológica. Somos o resultado de gerações e gerações que aprenderam como
sobreviver. E é por estarmos inseridos em um Sistema Familiar (campo mórfico)
que estamos sujeitos às repetições do que “deu certo” com as gerações
anteriores. A grande questão do Pertencimento é que somos todas as vitórias e
todas dificuldades, carregamos as injustiças cometidas e as sofridas, os
crimes, as bençãos... tudo que as gerações passadas passaram, nós carregamos em
nosso campo.
A Lei Sistêmica do Pertencimento, descoberta por Hellinger,
diz que ninguém pode ser excluído desse sistema, nem os perpetradores, mortos, natimortos,
ex companheiros, abortos, assassinos, suicidas, loucos, filhos ilegítimos, nem
os que julgamos moralmente.
O Sistema não possui julgamento moral a cerca do
comportamento dos membros, ele apenas quer que todos pertençam e continuem
sobrevivendo, ele busca sempre o equilíbrio. Então, quando temos, como exemplos,
um avô alcoolatra, um aborto ocultado que ninguém fala sobre, algum membro que fugiu
e ninguém mais soube dele ou uma pessoa que foi deixada num hospício... há uma
exclusão, há um descumprimento ao Pertencimento. O que acontece nesses casos?
Alguém do mesmo sistema “toma” o lugar dessa pessoa e passa a assumir seu
destino, e muito provavelmente, também se torne um alcoolatra, se afaste, morra
(ou sinta como se não merecesse viver) ou enlouqueça. Lembra? O Sistema não tem
julgamento moral, ele simplesmente quer que todos os lugares sejam preenchidos,
então toma alguém que vem depois (geração posterior) a serviço do Sistema.
E por que uma pessoa se doa para este lugar? Devido também
ao pertencimento. Antes de nascer escolhemos o Sistema que iremos pertencer. Sempre
brinco que escolhemos o DNA de uma família pelo “potencial de encrenca” (Evolução)
que poderemos ter. A criança quando nasce está totalmente a serviço do Sistema,
afinal ela precisa pertencer a alguma família, então ela adoece, se machuca e
até morre por amor ao Sistema. Esse é o amor que adoece, o amor inocente, onde
a criança inconscientemente “imagina” que pode pegar a dor de alguém para que
esse alguém não sofra (mãe, pai, avós... mesmo desconhecidos) então ela toma o
lugar daqueles que foram excluídos, para equilíbrio do Sistema. O que de fato
não ajuda, pois ao invés de um sofrer, agora são dois, três, quatro... Isso
vale para doenças, padrões de relacionamento, destinos comuns, como por
exemplo, separações, mortes, abortos, profissões, crimes, pobreza, abusos.
Mas então qual o Amor que cura? Aquele que vê o passado e o
honra! Aquele que reconhece todos antepassados como pertencentes, reconhece que
todos fizeram o melhor que podiam com o que sabiam na época. Com certeza se nós
parássemos pra pensar o que faríamos no lugar de nossa bisavó que deu seus
filhos para adoção, com os mesmos recursos, na mesma época, chegaríamos a
conclusão que faríamos o mesmo! Então, apenas olhamos pro passado e dizemos “Sim,
exatamente como foi.”. Através das escolhas deles, hoje estamos vivos, e por
isso, devemos agradecer e honrá-los.
As questões que deixo pra você hoje são: Como você olha para
o passado - com gratidão e aceitação ou julgamento? Você está a serviço de quem
no seu campo? Quem foi excluído de sua família? Quem ainda não teve seu lugar
honrado?
Na próxima semana continuamos falando de Pertencimento,
desta vez sobre ex relacionamentos.
Vem Conhecer! Vem Participar! Vem Constelar!
Grupos regulares em Porto Alegre e Novo Hamburgo
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Vívian Pires
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